Análise realizada pelo Boletim Sergipe Econômico, parceria do Núcleo de Informações Econômicas (NIE) da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES) e do Departamento de Economia da UFS, com base nos dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (ABEGÁS), apontou que foram consumidos, no quarto mês do ano, uma média de 263,4 mil metros cúbicos (m³) de gás diário em Sergipe. O consumo de gás foi 5,8% maior que o consumo do mês anterior, março último. Na comparação anual, em relação ao mesmo mês do ano passado (abril/2015), o consumo apresentou redução de 4,3%.

O consumo médio das indústrias sergipanas foi de 164,3 mil m³/dia, maior 10,4%, na comparação mensal (março/2016), e 7,2% menor no comparativo anual (abril/2015). O presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, afirma que “Essa queda no comparativo anual é reflexo da crise econômica que vem deprimindo a produção industrial”. Porém, afirma ainda que acredita na mudança do cenário atual e no importante papel desempenhado pelo gás natural, como parceiro estratégico, para a retomada de crescimento da economia.

Consumo de gás por segmento

Analisando por segmento, o consumo nas indústrias continua tendo a maior participação (62,4%), sendo seguido pelo consumo automotivo (postos), com 34%. Em conjunto, estes segmentos responderam por 96,4% do total de gás consumido em Sergipe.

A parcela consumida pelo segmento veicular somou 89,6 mil m³/dia, apresentando redução de 1,3% em relação ao mês anterior. Na análise anual, o consumo foi 2,4% maior. O consumo de gás natural para cogeração ficou em 2,1 mil m³/dia, o que representou uma leve retração, na comparação mensal de 0,2%, porém na comparação anual (abril/2015), o crescimento observado foi de 60,8%.

Nas residências e no comércio, o volume consumido foi de 4,4 e 3 mil m³/dia, respectivamente. Para as residências, o consumo apresentou expansão, ficando 5% maior, já para o comércio houve redução de 3,2%, ambas em relação ao mês anterior. Em relação ao mesmo mês do ano passado (abril/2015), o consumo residencial cresceu 17,1% e o consumo comercial cresceu 1%.