Análise realizada pelo Boletim Sergipe Econômico, parceria do Núcleo de Informações Econômicas (NIE) da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES) e do Departamento de Economia da UFS, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), indicou que, no mês de setembro de 2016, Sergipe apresentou um saldo (total de admissões menos total de desligamentos) negativo de 396 empregos formais.

Os setores do Comércio, da Agropecuária e da Indústria de Transformação apresentaram os melhores resultados, com saldos positivos de 338, 323 e 105 empregos, respectivamente. O bom desempenho do comércio é resultado da proximidade do fim do ano e das vendas natalinas. Além disso, a geração de 191 novas vagas de emprego no comércio varejista reforça essa relação.

Na agropecuária, a atividade que mais gerou empregos foi o cultivo de cana-de-açúcar, gerando 306 novos empregos. Assim como a fabricação e refino do açúcar também foi importante no desempenho da indústria de transformação, com a criação de 145 novos postos de trabalho, no mês de setembro.

Entre os setores que apresentaram saldos negativos, o pior resultado foi observado na Indústria da construção, com redução de 641 empregos, no mês de setembro de 2016, sendo a construção de edifícios a atividade que mais colaborou para o mau desempenho, contabilizando 559 empregos a menos. O segundo pior resultado foi observado no setor de serviços, com a redução de 483 postos de trabalho, com destaque para as atividades de teleatendimento (-196) e incorporação de empreendimentos imobiliários (-136).

Entre os municípios sergipanos com mais de 30 mil habitantes, Capela apresentou o melhor desempenho, com a criação de 400 novas vagas, principalmente no setor da agropecuária. O segundo melhor desempenho foi observado em Lagarto, com 53 novas vagas, geradas principalmente pela indústria calçadista, ambos em setembro de 2016. Os saldos negativos mais significativos foram observados nos municípios de São Cristóvão e Aracaju, que apresentaram redução de 290 e 260 postos de trabalho, respectivamente, tendo como principal responsável, pelo mau desempenho, a indústria da construção, nos dois municípios.