Análise realizada pelo Boletim Sergipe Econômico, parceria do Núcleo de Informações Econômicas (NIE) da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES) e do Departamento de Economia da UFS, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), indicou que, no sétimo mês do ano, houve saldo negativo de 302 empregos formais no estado. O saldo é fruto da diferença entre admissões (6.617) e desligamentos (6.919), no período.
No mês de julho do ano corrente, o setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública (grupo que inclui as empresas responsáveis pela distribuição de serviços essenciais, como água e energia elétrica) apresentou o melhor resultado, com a criação de 172 novos empregos. O bom desempenho deste setor está ligado à Coleta de Resíduos Não-Perigosos, que gerou 131 novos postos de trabalho.
O setor da Construção Civil registrou saldo positivo, o sétimo consecutivo, com a criação de 86 novos empregos, principalmente na Construção de Rodovias e Ferrovias e Montagem de estruturas metálicas, que geraram 45 e 41 novas vagas, respectivamente. A Agropecuária também apresentou saldo de 86 novos postos de trabalho, sendo que o principal gerador está ligado ao Cultivo de cana-de-açúcar, que criou 94 novos empregos.
Os demais setores registraram saldos negativos, o pior resultado foi observado no setor de Serviços, com a redução de 270 postos de trabalho, principalmente os ligados as atividades de Fornecimento e Gestão de Recursos Humanos para Terceiros (-192) e Limpeza em prédios e em domicílios (-173).
Na indústria de transformação o saldo de empregos também ficou negativo, com a retração de 237 postos de trabalho, principalmente na Fabricação de calçados de couro, que contabilizou a redução de 89 postos de trabalho no mês em análise. Já, a Extrativa Mineral, registrou redução de 73 empregos, o Comércio contabilizou saldo negativo de 56 postos de trabalho e dez vagas a menos foram contabilizadas no Setor de Administração Pública.
No acumulado do ano, entre janeiro e julho, a Indústria de Transformação continua com saldo negativo de emprego, com retração de 1.973 vagas, a Agropecuária acumula redução de 1.741 empregos e o Comércio com 1.441 postos de trabalho a menos. Os setores de Extrativo Mineral e Administração Pública apresentaram redução de 151 e 101 trabalhos novos, respectivamente. Entretanto, no período analisado, apresentaram saldos positivos, com geração de novas vagas de empregos, os setores de Serviços, com a criação de 766 novos empregos, Construção Civil com a geração de 644 novos postos de trabalho e Serviços Industriais de Utilidade Pública, com 188 novas vagas.
Emprego nos municípios
Dentre os municípios sergipanos com mais de 30 mil habitantes, a cidade de Aracaju apresentou o pior resultado no mercado de trabalho, com a redução de 421 postos de trabalho. Enquanto isso, o município de Capela, se destacou na geração de empregos, sendo criados 124 novos empregos, no mês de julho de 2018.