Desde os anos oitenta, a economia agrícola de Sergipe já havia assumido as características básicas que apresenta atualmente, com a liderança da laranja no sul e em parcela do centro-sul do estado, cana-de-açúcar e coco na zona litorânea ao sul e ao norte de Aracaju, e a rizicultura no Baixo São Francisco. Nas áreas menos úmidas, predominam a mandioca, no agreste, e milho e feijão no sertão. A pecuária se estendia por quase todo o território, com presença mais acentuada no sertão e no agreste, tendo a microrregião de Nossa Senhora da Glória polarizando a produção pecuária leiteira.
Na verdade, com exceção da laranja, que iniciou sua expansão nos anos sessenta, a configuração das culturas no território é muito mais antiga. E é exatamente a laranja que diferencia Sergipe da maioria dos estados da região Nordeste, em que as culturas temporárias ocupam áreas muito mais vastas do que as permanentes. Ainda assim, algumas modificações dignas de nota ocorreram nos anos noventa.
Autor: Prof. Dr. Ricardo Lacerda